O ano era 2012. A novela era Salve Jorge. Stênio chegava à casa de Helô com flores. Às vezes, ela se rendia, às vezes, não. Fantasias, velas, beijos roubados e a Ivete cantando Não me compares ditavam o tom de casal divertido, que, apesar das discussões, ainda podia escolher se dar uma segunda chance. O final feliz veio no último capítulo! Helô e Stênio se casaram novamente e combinaram de cuidar do neto (que, no final de Salve Jorge, estava na barriga da filha deles, a Drika). O amor venceu.

E então se foram dez anos em que hashtags em comemoração ao recasamento Helô e Stênio figuraram no twitter, provando que o tempo não é capaz de esmorecer a paixão de um fandom. Steloisa é o casal mais amado do Brasil e só a opinião do twitter importa.


Multiverso 1

Mas, apesar dos inúmeros pedidos por um spin off do casal, parecia pouco provável que Gloria Perez topasse dar sequência à história de dois personagens de uma antiga trama. São raros os casos em que personagens de novela são remanejados para outras obras, mas, por sorte (ou muita insistência), Helô e Stênio ressurgiram em Travessia.

A felicidade foi enorme, claro. A expectativa, maior ainda. E é inegável que os brilhantes Alexandre Nero e Giovanna Antonelli estão, sim, roubando o protagonismo; porém, na nova novela, Helô e Stênio já não fazem parte de um núcleo alto astral, tampouco vivem um romance atrapalhado como antigamente. Opa! Estamos assistindo a um multiverso?

Se em 2012, a curva de Stênio se dava em torno de Helô, em 2022, ele tem suas próprias tramas. Se no passado, Helô tinha suas compulsões e ambições, hoje, ela é estável na carreira e pouco reveza looks. Ambos são solitários, e suas novas versões apresentam camadas muito mais profundas e dramáticas, tornando-os quase irreconhecíveis.


Multiverso 2

Claro que ao escolher separá-los novamente, Gloria Perez não poderia entregar os mesmos personagens com a mesma essência cômica, afinal, não há mais espaço para superficialidade nessa relação. Talvez seja por isso que Gloria tenha ignorado completamente a existência da antiga família do casal e tenha passado por cima do cargo de Helô na polícia federal, no maior estilo “vamos fingir que nunca aconteceu”. Em Travessia, surgiu até uma nova linha do tempo do relacionamento dos dois, dando a entender que: não, não são as mesmas pessoas. Será que são Romero e Atena disfarçados?


Multiverso 3

Mas, e agora? O risco de estragar a memória afetiva coletiva parece grande. Embora os atores, com sua já conhecida explosão de química, consigam sustentar a paixão popular, a confusão entre reimaginar os personagens e relembrá-los se instala a cada capítulo. É ou não é a continuação da história que terminou em Salve Jorge? Se sim, dá mesmo pra torcer por uma relação que, há décadas, não dá certo? As cenas de discussão, agora com níveis mais calorosos e menos engraçadinhos, apontam mais para um caminho de dor e traumas do que de reconciliação.

Dito isso, o único desenrolar possível para a retomada da felicidade do casal parece ser o amadurecimento individual. Helô precisa entender que carreira não é a única coisa que importa na vida, enquanto Stênio tem que aprender que quebrar a confiança das pessoas tem consequências terríveis. Ainda assim, é um longo caminho pela frente até que eles encontrem algum tipo de equilíbrio capaz de construir uma relação saudável e que, dessa vez, dê certo.

Que Creusa os ajude!



Se Harry Potter estivesse assistindo a alguma novela da Globo atualmente, ele provavelmente já teria se trancado no banheiro com a murta que geme e chorado um bocadinho.
Não está sendo fácil. Pela primeira vez, não estamos sofrendo pelos OTP’s, mas sim pela falta deles.


Sol Nascente está na reta final, amém. Mario e Alice estão pra se casar, amém. Mas e aí? Foi bom pra vocês o shipp? Porque pela maioria dos comentários na internet foi bem morninho. Aquela coisa meio “é o que tem pra hoje né”. Desde o primeiro capítulo, a gente já sabia como seria o final. Daí não deu assim tanta emoção, química, curiosidade. Mas eah... Ok.


E Rock Story hein gente? A gente estava torcendo por Gui e Diana, daí a Diana ficou com o Léo, o Gui ficou com a Julia, a Diana desistiu do Léo, o Gui não desistiu da Julia, a Diana ficou desesperada pelo amor do Gui e ele agora a despreza... Eah... Não tá rolando. Eu nem cheguei a descobrir qual era o nome desse shipp e ele já acabou. A gente até torce, mas sem muita vontade. Que fiquem todos sozinhos e fim.


Agora, A Lei do Amor está de parabéns pelo belíssimo estrago de Peloísa! O que foi esse absurdo que aconteceu com eles? Toda aquela maturidade, aquela cumplicidade, a sensação de que o amor é lindo e vale a pena foi jogada no lixo. O Harry Potter teria desligado a TV e ido ler o próprio livro caso estivesse vendo o capítulo de ontem. Só faltou a Helô jogar 50 reais pra ajudar a pagar a dama que satisfaz o Pedro. Selo Sandra Annenberg de deselegância pra essa palhaçada que fizeram com o único casal competente da grade atual. A personalidade do Pedro sempre foi trabalhada na honestidade, sinceridade, segurança, e do nada, na primeira oportunidade, ele não hesitou em trair a Helô. Depois de dezenas de armações pra separá-los, quem estragou tudo foi o próprio. Que bonito, hein! Que cena mais linda! Só que agora, a gente não quer mais a Helô com ele. Porque não, minha gente, não foi um deslize, ele fez porque quis. Então, não vai mais ter Helô pra Pedro não! Ela não merece essa desgraça. #PeloisaIsOver  #MagnoliaJáPodeMatarOPedro


Ainda bem que logo mais começa Novo Mundo pra gente shippar a Isabelle Drummond com o Chay Suede e fingirmos que eles são Peloisa em outra vida. Torcendo pra que não estraguem este casal que mal conheço e já considero pacas!


Enquanto isso, a gente segue vendo Vale a pena ver de novo que realmente tem valido a pena ver de novo, e nos intervalos, lemos Harry Potter.

Ela começou com aquela franjinha fofa e o nome Isabela. Agora, ela é massagista e atende por Marina. Estranho hein... Bem estranho. Mas assim como a Kátia não é a Ludmilla, a Marina também jura de pés juntos que não é a Isabela. Ou será que é? 


Se não for, então o que terá acontecido a Isabela real? Morreu? Perdeu a memória? Está escondida em algum lugar? Será que você consegue encontrar a Isabela nas cenas abaixo?

LET'S PLAY A GAME: Encontre a Isabela.


Hum. Talvez ela esteja passeando por aí enquanto o Pedro posa pra alguma foto. Será?


E se ela já está há muito tempo de olho na Luciane, hein? 
(Não que tenha a ver, mas a gente não sabe o que se passa na mente da Isabelita).


Quem sabe nós não tenhamos notado sua presença já na primeira fase da novela,
o que provaria que Isabela é, na verdade, uma vampira imortal que nunca envelhece.


Mas gente! Já pensou se ela tá escondida na casa do Tião? Sequestrada?
Ou infiltrada pegando provas contra ele? Vai Isa!


AHÁ! A galeria da Helô! É isso! Com certeza ela está escondida lá!

E AÍ, ACHARAM A ISABELA? ALGUÉM SABE ONDE ELA TÁ? 
ME DIZ QUE AQUELA MARINA É A NOSSA PRÓPRIA ISA, POR FAVOR!

Pra você que está mais míope do que eu e não encontrou a Isabela nas cenas, 
seguem respostas:






Agora é torcer pra desvendar esse mistério logo pra gente (e o Tiago) poder dormir em paz.







Era madrugada de 31 de dezembro, todos fazíamos retrospectivas sobre tudo que 2016 tinha nos levado, não havia mais esperança para aquele ano, não havia mais criatividade para twittar, não havia mais sobra de chester para comer. Até que, diante de toda essa patetice generalizada, um milagre natalino (com seis dias de atraso) aconteceu: Amora Mautner criou um perfil no Twitter, provando que preces CO-LE-TI-VAS funcionam!

Foi como se o céu tivesse se aberto sobre nossas cabeças. Caos! Berros! Gritos! Muita gente se perguntando: no céu tem WiFi? Como que Deus criou Twitter? É ela mesma? E ainda que existisse um vídeo da própria Amora dizendo "oi gente, agora eu tenho Twitter", nossos céticos cérebros demoraram a aceitar a ideia. Não pode ser. Com certeza alguém a sequestrou e a está obrigando a gravar vídeos para a internet. Lembram da Marina Joyce? #SaveAmoraMautner

Mesmo diante da dúvida, arriscamos mandar recadinhos para a diretora, afinal queríamos a bênção para 2017. Alguns pediram que ela mandasse beijos, outros pediram que ela assumisse a direção artística de suas vidas, mas todos foram agraciados com "Amora favoritou seu tweet" que na linguagem de internet é "você foi abençoado com a graça de Amora Mautner, diga amém". Somente os 150 primeiros seguidores levarão consigo a recordação daquela noite maluca. Até que a própria Amora começou a ficar confusa com toda a exaltação.

Amora, gênia, desculpe nosso frisson, a gente estava com excesso de amor acumulado desde Avenida Brasil, passando por Jóia Rara, e principalmente, depois de A Regra do Jogo. Se não for tarde pra dizer: obrigada. Se exageramos nos elogios é porque temos um respeito mais que profundo pelo seu trabalho. Assistimos mais de vinte vezes algumas cenas que você dirigiu, decoramos falas, pegamos suas gírias NHAU, vimos suas entrevistas (inclusive usamos algumas frases suas como mantras), aprendemos a reconhecer sua marca nas cenas mais bem montadas e nos gestos dos atores, falamos MUITO de você no Twitter e estamos muito felizes com a sua presença por aqui.


Olha, o Twitter tem seus momentos de encheção de saco, mas saiba que você tem um verdadeiro exército pronto pra atacar quem te atacar, e te ensinar os termos que usamos (se precisar, eu tenho um glossário). De resto, estamos loucos para saber mais sobre você, seus gostos, opiniões e dicas sobre tudo. Fale! Fale muito! Parla, bella! E pela última vez: seja bem vinda! Boa sorte e ONE, TWO, THREE, ROLL THE CAMERA: ACTION!




     Eu hesito em falar de Claudia Abreu, porque ela é minha atriz favorita desde que eu era uma curiquinha entrando na adolescência, e se eu me permitir falar, não paro mais. Só que essa semana, ela foi ao programa do Jô, e com toda aquela simpatia e fofura, ficou impossível resistir. Então, preparem-se: eu vou falar da Cacau.


     Vocês já pararam pra pensar o quanto 2016 é um ano maravilhoso por podermos ver Chayene à tarde e Helô à noite? Double Cacau! E vocês aí dizendo que esse ano não valeu de nada. Revejam seus conceitos! Tá lindo! A gente morre de rir da Chay, e sente todo aquele amor que emana da Helô. Aliás, fazia tempo que não tínhamos uma mocinha tão forte assim, tão humana e doce, nem um pouco chata. A Helô é encantadora, e boa parte desse mérito é da Cacau (além dos autores e da Isabelle Drummond, claro).


      E já que é pra falar em mocinhas fortes, adivinha quem fez as melhores mocinhas de novela que você respeita? Claudia Abreu! Obviamente, não vai dar pra eu falar de todas, mas vou mencionar as que eu assisti (porque aí tenho propriedade pra saber o que tô falando, sem pesquisa). Antes da Helô, e depois da Chayene, existiu a Pamela Parker. Quem lembra? Geração Brasil? A atriz americana que falava com sotaque e dedicava seus prêmios à causa dos suricatos? Pamela era maravilhosa! Uma delícia de assistir. E rendeu à Cacau o troféu de melhor atriz no Melhores do Ano no Faustão – não que isso seja super significativo, mas talvez eu tenha votado mais de 20 mil vezes e talvez, pra mim, tenha sido super significativo sim. Tinha um personagem nessa novela chamado Ernesto (#TeamPamernesto), que era simplesmente eu mesma na versão masculina, porque ele era completamente fã da Pamela e ficava abobado quando ela estava por perto. Rolou uma identificação.


     Outra mocinha da Claudia que marcou muito foi a Vitória de Belíssima. Ela usava uns vestidinhos e uns colares de olho grego, que todo mundo (eu) usou na época. Era filha abandonada da Bia Falcão, e logo no primeiro capítulo já mostrou a que veio. Foi presa, esfaqueada. Olha, não foi nada fácil. Todo mundo (eu) sofreu com a Vitória. Cacau também estava com o cabelo curto e, como de costume, estava linda.


     Vou tentar ser breve e falar só mais duas que, POR FAVOR, EU AMEI ESSAS PERSONAGENS: A Juliette de Que rei sou eu? e a Olivia de Força de um Desejo. Juliette é daquelas princesinhas que você quer cuidar e proteger, e apesar de ter nascido num reino corrupto e ser apaixonada por um rei também corrupto, ela lutava do lado dos mais pobres. Já, a Olivia era uma escrava branca muito inteligente, com uma história bem dramática, mas excelente. Fora que é sempre bom ver a tríade Malu/Cacau/Fabio Assunção, e eles estavam todos juntos em Força de um Desejo.
     E falando na tríade... Eles estiveram juntos também em Celebridade. E eu me recuso a falar da Laura, porque se não, esse texto vai ultrapassar todos os limites de caracteres. Mas já fiz um post especial sobre Celebridade, depois vocês dão uma lida.
     Por enquanto, segura aí que eu ainda tô falando da Cacau. Eu tive a oportunidade de conhecê-la, e garanto, não existe no mundo alguém mais doce do que ela. Se existe, eu desconheço. Pensa todas as qualidades que alguém pode ter, ela tem. Humilde, atenciosa, querida, delicada, e de um brilho inigualável nos olhos. Sempre que lembro dela, lembro daquele brilho de quem ama o que faz. Deve ser o mesmo brilho que fica nos nossos olhos quando a assistimos. Ela cativa. Ela diverte. Ela ilumina. Ela inspira.


     Não só na televisão, Cacau também tem uma incrível lista de filmes que valem a pena assistir, além, claro, de algumas minisséries antológicas como Anos Rebeldes e O quinto dos infernos. Para o próximo ano, está previsto um novo filme e uma série infantil na TV a cabo, escrita e produzida pela própria Claudia. Já dá pra esperar que sejam ótimos, já que ela envolve amor e dedicação em tudo o que faz. O bom de acompanhar sua carreira é isso. Não importa o projeto, eu confio nas escolhas dela, e sei que sempre vem coisa boa. Nunca me decepciono.
     Pra terminar, eu queria dizer só mais uma coisa. Sei que sou do contra, mas eu adoro o fato de a Claudia não ter rede social (tirando um instagram secreto que a gente finge que não sabe). Sério. Isso é libertador. A quantidade de vexames que eu evito passar simplesmente por ela não ter Twitter ou instagram abertos é enorme. É admiração à moda antiga. Eu a assisto e quando a novela acaba, eu sinto saudades. E é gostoso sentir saudades dela. É gostoso acompanhá-la de longe. Saudável. O bem que ela me faz não precisa de likes, replies, e mensagens diretas. Não precisa nem responder as cartas que eu mando às vezes. Nada mesmo. É ela lá e eu aqui. O amor que ela põe em cada trabalho e o amor que me atinge o peito em ondinhas eletromagnéticas. Aquele rostinho de quem vai chegar aos sessenta parecendo que tem vinte, e aquele sorriso de quem sabe aproveitar a vida são mais motivadores do que uns dez livros de autoajuda.


     Cacau, falo isso consciente de que dificilmente serei lida, mas nem importa, porque você já está cansada de saber o tamanho da minha admiração, mas mesmo assim: obrigada. Não há maior prazer do que o prazer de te ver.



     Ma ó, nem vem me encher os pacová que eu não me tô boa com esse final de Haja Coração!
     Não foi nada fácil assistir a tristeza da Tancinha, do Beto e de todas as betancinhas do Twitter diante de um casamento tão devastador como o deles.
    Tudo bem, o Beto errou mesmo, errou feio, errou rude, errou demais quando decidiu tramar pra separar a Tancinha do Apolo, mas ah... Foi por amoooor! Ele quase matou uma pessoa? Quase. Mas foi por amor... Ele fez a Tancinha ser humilhada diante de toda a vizinhança? Fez. Mas foi por amor! E a gente torce pra eles ficarem juntos ainda? Torce. Por amor!
     Não que esse sentimento justifique tudo, mas vamos pensar. Diferente do caso da louca da Bruna (que já tentou matar a Camila, já explodiu coisas, já sequestrou Giovanni), que também alega fazer tudo isso por amor, o Beto se arrependeu minutos depois de ter realizado a armação que separou Apolo e Tancinha. E a maior punição dele é a culpa, o remorso, a vergonha de si mesmo. Todos esses sentimentos foram crescendo nele a ponto de ele reconhecer que não merecia o amor da Tancinha, a ponto de ele chegar exatamente aonde queria - o altar - e não conseguir cumprir a própria meta. Mas ele está enganado, né? Porque nós sabemos que ele merece. Porque nós estamos vendo de fora, e é muito clara a transformação positiva do Beto na vida da Tancinha. Ele a ajudou a montar um restaurante, ele a levou pra viajar e conhecer novos lugares, ele encarou o desafio de adotar as crianças por ela, ele foi amigo quando ela precisava e foi amante quando ela quis. A Tancinha melhorou muito depois que se envolveu com ele. Saiu da casinha, do sonho de boneca que ela tinha com o Apolo. Tornou-se independente, mais forte e menos barraqueira.


     Eles transformaram um ao outro, e é por isso que torcemos por eles. Nós também erramos muito por amor, nós nos arrependemos e esperamos uma nova chance para nos redimir com quem machucamos. Isso nos torna humanos, e talvez daí surja nossa identificação com o Beto. Ele não é perfeito. Ótimo! Ele é um de nós. E acreditar no perdão da Tancinha é acreditar que o amor é capaz de superar nossas falhas, mesmo graves.
   Sem falar que eles têm o humor parecido, o jeito atrapalhado, a ingenuidade transparente. Eles são um casal muito mais real do que o casal que Tancinha formava com Apolo: um romance idealizado, juvenil e antiquado.
     Se for pensar friamente, Tancinha termina a novela com o Apolo, afinal a história leva a isso. Eles foram vítimas de um rompimento forçado e se machucaram muito com isso. Porém, se levarmos em consideração o lado emocional, nesse andar da carruagem, Tancinha parece não amar mais o Apolo. Ela está decepcionada com o Beto e sentindo que foi injusta com alguém que foi tão vítima quanto ela, mas não significa que ainda exista amor nessa relação. 


     É difícil adivinhar qual rumo essa história vai tomar agora na reta final! Mas eu (que já mudei de ideia mais vezes do que a própria Tancinha), no momento, torço pelo Beto, o ser humaninho todo errado da Vila Madalena. E vocês?

    Tá linda A Lei do Amor, tá linda, linda, ai que linda! A primeira semana da novela foi tão maravilhosa que me deu aquela sensação de que já estou assistindo faz tempo.


     O que é a química entre Pedro e Helô? A fase jovem foi espetacular, e era possível ver trejeitos do Gianecchini no Chay e trejeitos da Claudia Abreu na Isabelle. Os quatro construíram muito bem esses dois personagens incríveis.
    A Helô na primeira fase era meio bichinho do mato, insegura, responsável pela família humilde e sofredora. Moça injustiçada, e muito forte. Agora, na segunda fase, demonstra uma doçura adormecida, mas é uma mulher sagaz, inteligente, que não se deixa enganar. Não é uma mocinha tonta, é uma mocinha que te faz querer torcer pelo bem.


    Já deu pra ver que a novela vai falar muito de política, corrupção e os retratos familiares da sociedade. Adoro! A família Leitão tem personagens interessantíssimos. Vitória, por exemplo, era cativante na primeira fase, e transformou-se em uma mulher submissa, triste, dependente de um marido que não a ama. Aliás, Sophia Abrahão e Camila Morgado parecem a mesma pessoa! Nota dez para o trabalho de caracterização #KogutFeelings
    O irmão do Pedro: péssimo. Pena que a esposa dele morreu na troca de fases, eu tinha gostado dela. Por enquanto fala-se em acidente de carro, mas algo me diz que não foi bem assim...
     Vera Holtz tá incrível como se esperava, e Tarcísio também. A Grazi chegou chegando. E eu, particularmente, estou muito ansiosa pelo núcleo da Heloísa Perissé.


    Por enquanto, a novela cheira a clássico dos bons. Detalhe: congela personagem no final. E todo mundo sabe que novela que congela personagem é boa!

     Vem novelão! Vem com tudo que a gente estava com saudade.

    A corrupção, a ganância, o salário atrasado (e roubado) das classes mais desfavorecidas. Uma briga de bar que acaba mudando todo o rumo da história de uma família. Pois como leoa solitária, Fátima (Adriana Esteves) defendeu os filhos e pagou caro por ter tirado a vida do bicho de estimação do vizinho folgado. Era o cão ou o filho. Era a lei do desespero ou nenhuma lei. E sabotada, Fátima cumpriu sete anos de prisão por um crime que não cometeu. Já os filhos que ela tanto tentou proteger, perderam-se, cresceram sozinhos. Pobres, sem ninguém com quem contar, sem uma instituição que tomasse as providências para acolhê-los.
      Fátima é, de longe, a personagem mais íntegra da série. Mesmo tendo sido injustiçada, cumpriu pena e saiu da cadeia sem sede de vingança, sem a amargura que lhe cabia. Humana, no melhor sentido da palavra. Mãe, completamente mãe. Era da maternidade que vinha sua força.


     De perrengue em perrengue, Fátima reconstruiu a vida honestamente, acolheu os filhos sem julgá-los e tentou ensinar a eles a dureza da vida e a integridade, mesmo que a filha mais velha tenha escolhido um caminho diferente.
    E nós torcemos! Como torcemos para que ela fosse feliz no final. Mais do que todos, Fátima merecia um pouco de paz e alegria. E conseguiu. Apaixonou-se novamente, fez boas amizades, trouxe os filhos de volta para casa, se viu livre dos vizinhos insuportáveis, e deu uma bela festa para celebrar a vida ao som de Amor Perfeito do Roberto Carlos. No fim, já não importava mais quem errou, o que passou, passou. A justiça de Fátima foi a felicidade.


      Foi lindo de ver o show da Adriana Esteves, mas nem um pouco surpreendente, já que ela é essa atriz que se entrega de cabeça em todos os papéis. Era óbvio que ela seria maravilhosa, como sempre é! Delicioso assisti-la! Tudo nela grita uma verdade absurda. E o elenco do núcleo da Fátima foi impecável. Os filhos, os amigos, os vizinhos malditos (Leandra Leal, eu te odeio)! Resta esperar que Kellen pague seus pecados no episódio de quinta-feira, pois ainda não superamos a raiva que estamos dela, né?